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Filme: Piaf - Um Hino ao Amor

Dona de amores e destinos trágicos, numa vida cheia de fatos, no mínimo, bizarros e novelescos (mexicanos), temos Edith Piaf, ícone da música francesa por toda eternidade, intérprete de canções cheias de amor, amargura, dor e esperança. O que a torna ainda mais especial e verdadeira, é que ela mesma vivencia os conteúdos das letras que interpreta. Todas remetem, direta ou indiretamente, a momentos de sua vida e suas emoções. 


E assim como seus dramas, Edith Piaf também é pesada, por ser uma menina que deixa de ser cantora de rua para se tornar uma Diva de amores malfadados, e com gosto pela autodestruição no álcool e nas drogas. E o filme dá conta de mostrar todos esses lados sem julgamento algum. Não se trata de uma cinebiografia romanceada, ou excessivamente reverente - como a de Cazuza, por exemplo. O diretor se propõe a fazer um retrato mais próximo da realidade, escolhendo eventos específicos para enfatizar Edith Piaf como quem realmente era - alguém que nunca viu separação entre a persona dos palcos e a "vida real", cuja arte refletia sua própria vida e vice-versa. 

Mesmo com todas as boas atuações, os olhos realmente se voltam à Marion Cotillard, que ganhou o Oscar de melhor atriz - merecidamente - pela sua interpretação MAGNÍFICA de Piaf. Sua interpretação é tão rica de detalhes, que é impossível ver uma atriz ali. Ela chega a reproduzir fielmente todos os trejeitos, expressões, jeito de andar e falar, o modo tirânico de tratar todas as pessoas que ama, sua filosofia de vida de não se arrepender de nada, até mesmo o jeito de se apresentar no palco. É de tirar o fôlego. 

Ao final do filme, o espetáculo da voz e personalidade de Edith Piaf se encerra. Triunfante. Os créditos passam em absoluto silêncio, reverentes. As luzes da sala se acendem, e TODOS os presentes estão às lágrimas. E é isso que eu chamo de cinema! 

Nordeste Independente

Nem queria comentar essa história toda de preconceito e xenofobia que vem rolando nos últimos tempos. É um assunto bem triste e muito complexo, mas lembrei dessa música e resolvi colocá-la aqui. Sempre achei essa música linda, muito mais por mostrar as riquezas e o respeito dessa região do Brasil do que por sugerir uma separação.
Na verdade, a separação é só pra mostrar o quanto essa região é rica e que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, tem gente trabalhadora sim. Mas não sou eu quem vai enfiar isso na cabeça de ninguém, afinal, educação, respeito e tolerância se aprende desde pequeno, e em casa.
Tenho pena de pessoas que não puderam ter isso, felizmente eu tive, e quero conhecer cada cantinho desse Brasil.

Ps.: o vídeo é meio tosquinho – foi mals ai quem produziu – é só pra vocês escutarem a música, porque tô com preguiça de colocar só a música aqui. =/




Já que existe no sul esse conceito
Que o nordeste é ruim, seco e ingrato
Já que existe a separação de fato
É preciso torná-la de direito
Quando um dia qualquer isso for feito
Todos dois vão lucrar imensamente
Começando uma vida diferente
De que a gente até hoje tem vivido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente

Dividindo a partir de Salvador
O nordeste seria outro país
Vigoroso, leal, rico e feliz
Sem dever a ninguém no exterior
Jangadeiro seria o senador
O cassaco de roça era o suplente
Cantador de viola o presidente
O vaqueiro era o líder do partido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente

Em Recife o distrito industrial
O idioma ia ser nordestinense
A bandeira de renda cearense
“Asa Branca” era o hino nacional
O folheto era o símbolo oficial
A moeda, o tostão de antigamente
Conselheiro seria o inconfidente
Lampião, o herói inesquecido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente

O Brasil ia ter de importar
Do nordeste algodão, cana, caju
Carnaúba, laranja, babaçu
Abacaxi e o sal de cozinhar

O arroz, o agave do lugar
O petróleo, a cebola, o aguardente
O nordeste é auto-suficiente
O seu lucro seria garantido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente

Se isso aí se tornar realidade
E alguém do Brasil nos visitar
Nesse nosso país vai encontrar
Confiança, respeito e amizade
Tem o pão repartido na metade,
Temo prato na mesa, a cama quente
Brasileiro será irmão da gente
Vai pra lá que será bem recebido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente

Eu não quero, com isso, que vocês
Imaginem que eu tento ser grosseiro
Pois se lembrem que o povo brasileiro
É amigo do povo português
Se um dia a separação se fez
Todos os dois se respeitam no presente
Se isso aí já deu certo antigamente
Nesse exemplo concreto e conhecido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente

Povo do meu Brasil
Políticos brasileiros
Não pensem que vocês nos enganam
Porque nosso povo não é besta

(Nordeste Independente – Composição: Bráulio Tavares/ Ivanildo Vilanova)

Indicando

Estava organizando uns papéis meus, e descobri umas antigas anotações que eu achava que estavam perdidas. Eram umas frases copiadas de livros que li, não de todos, mas os que eu julgava dignos de serem lembrados, e fui imediatamente colocá-las no meu caderninho de frases. Sim, eu tenho um, comecei a copiar coisas de livros e filmes que achava interessante aos 14 anos, mas passei um bom tempo sem fazê-lo, e  há uns anos tenho retomado o hábito.

Quando fui passar as frases das folhas antigas para o caderno, tornei a lê-lo e revi anotações minhas de um livro maravilhoso, e como algumas vezes eu me dou o direito de dar dicas de livros por aqui, hoje vou indicar mais um: Fahrenheit 451 por Ray Bradbury.
Talvez muitos já tenham visto o filme, de mesmo nome, do Truffaut (eu não vi ainda, toda vez eu pego pra ver, mas nunca assisto!).
Não sou muito de ler ficção científica, mas desde que li Admirável Mundo Novo (se é que se pode resumir esse livro a um gênero), que leio livros parecidos, como 1984 (George Orwell), Não verás país nenhum (Ignácio Loyola de Brandão), Fahrenheit 451

Fahrenheit 451 foi escrito em 1953 e descreve um governo totalitário, num futuro incerto mas próximo, que proíbe qualquer livro ou tipo de leitura. Tudo é controlado e as pessoas só tem conhecimento dos fatos por aparelhos de TVs instaladas em suas casas ou em praças ao ar livre. Os bombeiros tem como atividade queimar os livros que são encontrados. Até que um dia, um dos bombeiros, Montag, conhece uma menina e começa a questionar sua profissão e a sociedade. E o resto… é melhor você ler!
E só pra aguçar a curiosidade dá uma lidinha nesses trechos que eu coloco logo abaixo (são os que estão no meu caderninho).

Ah, e como pode ser ruim um livro que fala sobre livros? E o melhor é que a única edição brasileira vendida atualmente é uma versão de bolso, ou seja, baratinha, baratinha.  ;)







‘Deve haver alguma coisa nos livros, coisas que não podemos imaginar, para levar uma mulher a ficar numa casa em chamas; tem que haver alguma coisa. Ninguém se mata a troco de nada’

‘Deixar você em paz! Tudo bem, mas como eu posso ficar em paz? Não precisamos que nos deixem em paz. Precisamos realmente ser incomodados de vez em quando. Quanto tempo faz que você não é realmente incomodada? Por alguma coisa importante, por alguma coisa real?’

‘Todos devemos ser iguais. Nem todos nasceram livres e iguais, como diz a Constituição, mas todos se fizeram iguais. Cada homem é a imagem de seu semelhante e, com isso, todos ficam contentes, pois não há nenhuma montanha que os diminu, contra a qual se avaliar. Isso mesmo! Um livro é uma arma carregada na casa vizinha. Queime-o. Descarregue a arma. Façamos uma brecha no espírito do homem. Quem sabe quem poderia ser alvo do homem lido?’

‘Você precisa entender que nossa civilização é tão vasta que não podemos permitir que nossas minorias sejam transtornadas e agitadas’

‘Será porque estamos nos divertindo tanto em casa que nos esquecemos do mundo? Será porque somos tão ricos e o resto do mundo tão pobre e simplesmente não damos a mínima para sua pobreza? Tenho ouvido rumores; o mundo está passando fome, mas nós estamos bem alimentados. Será verdade que o mundo trabalha duro enquanto nós brincamos? Será por isso que somos tão odiados?’

‘Eu não falo de coisas, senhor. Falo do sentido das coisas. Sento-me aqui e sei que estou vivo’

‘Os livros servem para nos lembrar quanto somos estúpidos e tolos. São o guarda pretoriano de César, cochichando enquanto o desfile ruge pela avenida: – Lembre-se, César, tu és mortal. A maioria de nós não pode sair correndo por aí, falar com todo mundo, conhecer todas as cidades do mundo, não temos tempo, dinheiro ou tantos amigos assim. As coisas que você está procurando, Montag, estão no mundo, mas a única possibilidade que o sujeito comum terá de ver noventa e nove por cento delas está num livro’

‘Se você esconder sua ignorância, ninguém lhe baterá e você nunca irá aprender’

‘Tudo está bem quando tudo acaba bem’


Tão antigo e tão atual... INDICO!

Casar ou Estudar?

Esses dias li um artigo super interessante no NY Times, discutindo os resultados de várias pesquisas recentes, indicando que, quanto mais capital humano uma mulher tem (capital humano é medido através de formação acadêmica e renda salarial), maiores as chances de ela não apenas casar, mas também ter um casamento duradouro. Essa estatística é baseada em dados americanos e ingleses, mas já é um bom começo.

Achei o artigo bem interessante, pois muitas pessoas ainda acham que existe um lado negativo entre buscar uma educação superior e ter um relacionamento, e acabam abrindo mão de metas acadêmicas e profissionais para satisfazerem o parceiro, o que é uma verdadeira pena. De acordo com as pesquisas, mulheres que têm diploma de faculdade tem uma probabilidade maior do que as que possuem 2º grau de estarem em um relacionamento estável. Adicionalmente, a porcentagem de mulheres com grau universitário que ainda estão casadas após os 40 anos de idade é maior do que as que possuem apenas o 2º grau. 
Não acho que todo mundo TENHA que casar, tá? Acredito que dá para ser feliz sozinho e admiro bastante pessoas que preferem não casar, mas acho importante acabarmos com esse estigma negativo que "mulher com sucesso acadêmico/profissional fica pra titia."
 
Um dos pontos relevantes que o artigo apresenta é a divisão do trabalho doméstico, que, de acordo com as pesquisas, é um dos dois maiores indicadores da satisfação feminina no casamento. Quanto mais alta for a formação acadêmica da mulher em relação ao seu marido, mais egalitária é a divisão do trabalho doméstico. E isso eu acho um ponto super relevante: muitos homens (especialmente no Brasil, infelizmente) ainda tem a impressão que o trabalho doméstico é exclusivamente um âmbito feminino. Nossa, eles não poderiam estar mais enganados... porque pesquisas também indicam que mulheres se sentem muito mais atraídas sexualmente por homens que ajudam no lar (e pelo menos no meu caso, posso garantir que isso é verdade). 

Se isso não for motivo suficiente para acabarmos com o estigma de que existe uma escolha entre nossa própria educação e um relacionamento amoroso feliz, ainda apresento os resultados das pesquisas de Pepper Schwartz  e Virginia Rutter, da Universidade de Washington concluindo que mulheres que têm diploma universitário demonstram interesse maior por sexo, assim como maior interesse em experimentar posições sexuais diferentes e têm orgasmos mais frequentemente.

Infelizmente, ainda existe muitos homens que se sentem emocionalmente inferiores quando suas mulheres conquistam mais academicamente e profissionalmente. As pesquisas concluem que, em geral, esses homens se identificam mais como provedores no relacionamento, e não parceiros, e essa característica é correlacionada a infelicidade no casamento. Para esses pobres coitados, deixo apenas uma frase do próprio NY Times, "Poucas mulheres realmente querem se casar com um homem cujo pênis sobe e desce em conjunto com o tamanho de seu salário ou o prestígio do seu diploma."

Top 5: Os homens dos sonhos... dos meus ouvidos!

Quando eu tinha 11, 12 anos eu era super fã dos Hanson. Depois por influência de uma prima acabei virando fã dos Backstreet Boys também. Colecionava revistas, gravava clipes (velho VHS) e passava a tarde com as amigas escutando eles, falando deles e sonhando com eles. Dos Hanson o meu preferido (e de todas as garotas do planeta) era o Taylor, mas dos Backstreet Boys era o mala do A.J. Ninguém gostava dele, tadinho, só porque era mala.
Claro que a noção musical aí ia pro espaço, afinal eu só pensava em casar com A.J ou Taylor (ah, Thierry Figueira também), mas adolescência passou, e com ela meus desvios musicais (sim, eu sou uma ex-drogada…e nem queira saber do que eu gostava. Apanhei de um amigo – brincadeira gente, ele só ameaçou me abandonar [kkkkk] – há um tempo atrás porque fiquei cantando as músicas do Molejão na parada de ônibus, e é incrível como até hoje eu sei todas. Why Jesus why?????). E agora eu acho que escuto música boa!

Mas os sonhos do casamento ainda rondam minha cabeça, só que dessa vez não é pela beleza (ah..alguns eu acho bonito mesmo, apesar dos protestos das minhas amigas que dizem que eu só gosto de homem feio e tenho um gosto meio duvidoso. Elas sempre me perguntam se a pessoa é bonita no “parâmetro Kerlynha” ou no “mundo normal”. Eu nem ligo, acho bonito e pronto!) e sim pela música, pela voz e por imaginar tudo que esses homens devem falar no ouvido de uma mulher. Meodeuso!

E empolgada que estou porque finalmente terminei de ler High Fidelity (Alta Fidelidade – Nick Horby), fiz um Top 5 (não, não é influência do CQC) dos homens dos sonhos dos meus ouvidos.



5º lugar: Curumin - esse é o malandro dos 5. É o conquistador, com sotaque paulistano arrasa quando começa a cantar “vem menina, não faz assim comigo não…”

4º lugar: Da Silva - apesar do sobrenome completamente brasileiro, Da Silva é um cantor francês, levou o quarto lugar mais pela sua voz que pelas suas músicas (que são maravilhosas, mas não lembro de nenhuma que faça suspirar não. digo no sentido conquistador, porque no quesito vida tem e muitas)

3º lugar: Vinicius de Moraes / Chico Buarque - me perdoem, mas não consegui desempatar, e nem preciso explicar o porquê. Qual mulher nunca sonhou ser a musa de Chico Buarque? Tenho certeza que todas, ao menos por uma noite…(bem, eu já consegui – nos meus sonhos - com que Chico fosse meu orientador na monografia, e ele ainda pegava o violão e cantava pra mim… ai ai ai ai... Rs!). Vinicius de Moraes com 20, 30, 40, 50, 60 anos; 1 dia, 1 mês, 9 anos, nem me importaria com o tempo de duração do romance, até porque “…que não seja imortal, posto que é chama. Mas que seja infinito enquanto dure”

2º lugar: Lenine - se fosse por beleza Lenine ocuparia o 1º lugar no meu Top Five (sim, eu acho ele lindo) mas como os critérios não são esses, ele acaba levando o segundo lugar. Apesar que demorei bastante para decidir esse pódio, mas para saber o porque ele está aqui basta escutar Todas Elas Juntas Num Só Ser. Sem mais comentários!

1º lugar: Jorge Drexler - porque ele faz rir, faz curar, faz sentir desejo, faz pensar, e ainda diz que de tudo que existe na vida só lhe importa duas coisas: você e o seu violão! precisa de mais alguma coisa?

# a tattoo que eu queria ter feito














Uma overdose de tatuagens de filtro dos sonhos femininas! Ando procurando muito a respeito ultimamente. Já falei AQUI sobre como conheci o significado do filtro dos sonhos, e AQUI declarei minha vontade de fazer uma tatuagem desses apanhadores. É algo que, definitivamente, combina comigo. Enquanto não faço a minha, vou pinçando as tattoos alheias em busca de inspiração.

# Tira de Segunda

Sistema de cotas para inteligentes! Ótimo começar a semana com a acidez do Solon.

Sin City - A Cidade do Pecado (o filme)

 
 
 
Certo, todo mundo sabe que adaptação nenhuma para a telona é perfeita, seja de livros, games ou HQs. Mas dizem por aí que se não pode ser perfeito, pode se aproximar bastante dessa perfeição. Bem, pelo visto Sin City, adaptado da HQ homônima de Frank Miller, chegaria nessa categoria. Só não é perfeito porque não dá para ser mesmo.
 
Uma breve palavra sobre o enredo: a estória, ou melhor, as estórias (três, no total) que se passam no filme são de três volumes da série Sin City: The Hard Goodbye, The Big Fat Kill e That Yellow Bastard. Eu não vou ficar aqui descrevendo o que acontece em cada estória; cabe ao interessado descobrir assistindo ao filme. Para quem leu os volumes, vale ver em movimento os contos das páginas do gibi, com levíssimas modificações.
Mas ei, ei! Antes dos puristas bradarem aos quatro ventos que “como ousaram mudar” e blá blá blá, cabe lembrar que tamanho infortúnio é tão vetado quanto inconsistente, já que o co-diretor do filme foi ninguém menos que o próprio Frank Miller. Sim, pequeno gafanhoto, o próprio autor da HQ. Co-dirigiu junto com Robert Rodriguez, diretor de Era Uma Vez no México. Ainda, o filme conta com um diretor convidado: Quentin Tarantino. Tem ainda nomes de peso como Bruce Willis, Mickey Rourke, Elijah Wood, Ruthger Hauer, Benício del Toro, Jessica Alba e Clive Owen (haaaaa... Clive Owen...) . Aliás, vou até colocar uma imagem do Dwight aqui, sem motivo nenhum, só para podermos olhar:
 
 
Ahhh... Dwight...
 
Enfim, como eu dizia, é impressionante como a presença do autor faz a diferença. Isso faz eu me perguntar como ficaria a trilogia de  “O Senhor dos Anéis”, que, apesar de serem bons, ainda sempre poderiam ter ficado melhores.
O que mais impressiona em Sin City, sem sombra de dúvidas, é o visual. É incrível como a produção conseguiu se aproximar tanto da HQ, que é toda em preto e branco com forte contraste. E o “preto e branco” da HQ realmente é “preto e branco”. Não tem tons de cinza. É óbvio que isso seria impossível na telona, mas o grande contraste é mais que suficiente para uma adaptação que, como eu disse acima, é quase perfeita. Ainda, assim como na HQ, apenas alguns elementos são coloridos; geralmente aqueles de cores marcantes, como a cor de algum carro, um lençol ou cor de cabelo, ou olhos. Tudo está ali.
 
A única coisa que me incomodou em Sin City foi que, em razão de obter todo este grande contraste e estas características “neo-noir”, a película pode ter ficado um pouco excessivamente digitalizada. Mas isto de modo algum compromete a produção. Para encerrar, Sin City é um grande filme; para os fãs da HQ, para os fãs de filmes “tarantinescos” ou mesmo para os fãs apenas de uma boa estória de ação (na verdade três). Que venha o já confirmadíssimo Sin City II.
 

Cem Anos de Solidão - Gabriel Garcia Márquez

"O segredo de uma velhice agradável consiste apenas na assinatura de um honroso pacto com a solidão."
 
 

 
 
Um dos maiores valores da Literatura, enquanto produção artística, é a sua capacidade de ordenar as palavras, organizar o caos e dar um sentido articulado e humano à vida, expondo a visão de mundo dos homens e trazendo elementos que podem transitar entre a fantasia e a realidade. Com isso, é possível sonhar ao folhear cada página de um livro e deixar o imaginário ir além das fronteiras de uma vida comum, palpável. Em Cem Anos de Solidão, um clássico da Literatura Latino-Americana de Gabriel García Márquez, somos convidados a entrar neste realismo fantástico, um fenômeno narrativo literário que, no primoroso trabalho do escritor, encontra o caráter histórico mesclado ao lúdico, e indiscutivelmente, eleva o valor desta obra prima da Literatura traduzida em mais de 30 línguas e catalogada pela crítica internacional como um dos melhores romances escritos na atualidade.
Cem Anos de Solidão conta a saga de uma família que se estabelece e participa da fundação do pequeno povoado de Macondo. O patriarca José Arcadio Buendia, homem de muitas virtudes e habilidades, e sua esposa de pulso firme, Úrsula Iguarán, fixaram-se naquela terra, onde tiveram filhos, netos, bisnetos e tataranetos. Suportaram doenças, pragas, períodos infindáveis de chuvas, viram seus filhos partirem para guerras, comandarem exércitos e greves. Mas também tiveram os momentos felizes, de reencontro, casa cheia de convidados, música e cortejo das moças quando estas estavam em idade de namorar.
Sou apaixonada por este autor, e já reli esta obra 2 vezes, de tanto que gosto. Não foi o primeiro que me levou às lágrimas, mas foi o que me provocou diversas reações, e me levou em poucos parágrafos da tristeza ao riso.
As frases são poéticas e os personagens muito originais.
A narrativa por vezes é arrastada, outras, mais rítmica. Seu estilo de escrever é único e inconfundível. Existem algumas peculiaridades, como os nomes dos personagens que se repetem, o que dificulta se você não conseguir se concentrar e ter uma boa dedicação à leitura, mas nada que prejudique o enredo.
 
Como sou apaixonada por tatuagens quase enlouqueço quando vi essa imagem:
 
Uma ilustração de um dos capítulos do livro.

Também postei AQUI uma outra tatuagem - linda de morrer - feita a partir de uma ilustração do livro.

#Filme da Vez: Comer Rezar Amar


É, eu sei que quase todo mundo já viu esse filme, no entanto, só pude vê-lo há algumas semanas. Ultimamente tenho visto muito filme que procura mostrar anseios, devaneios, crises existenciais e busca pela liberdade de seus personagens, isso se dá pelo meu atual estado de espírito que ta doido pra sair correndo sem rumo por aí.

Embora eu não saiba como a história realmente foi contada por, simplesmente, não ter lido o livro, achei o filme muito bem feito, com um roteiro bacana e com alguns aspectos que, na minha opinião, foram positivos para o longa. Não é uma história de amor como tantas outras, não há traições, histórias sórdidas ou nada do gênero, a protagonista apenas percebe que aquela não era a vida que ela gostaria de ter, mas é claro que o vislumbre dessa verdade causa dor e sofrimento já que ela precisa tomar decisões que mudariam o rumo de sua vida. Em meio a tantos problemas, crises existenciais e sofrimento, ela resolve se afastar de tudo e de todos fazendo uma viagem solitária em busca de respostas internas às suas angústias. 

A história biográfica de Comer Rezar Amar  (Eat pray love) retrata um período especialmente frágil de uma mulher em crise, e mostra toda sua tragetória enquanto buscava a paz interior. É um filme agradável, não vou comentar muito sobre o lado técnico de sua produção, pois o que de fato me atraiu foi sua história e a forma de como ela foi contada. Eu recomendo.


#música da vez

Essa semana assisti o filme "Comer Rezar Amar" (posto sobre ele depois) e me apaixonei por uma música da sua trilha sonora: "Harvest Moon" do Neil Young.

Deu vontade de fazer um vídeo com fotos do namorado usando ela de trilha sonora, ou algo assim bem brega! Ou mesmo abrir uma garrafa de vinho e chamá-lo pra dançar (se ele não fosse cair na gargalhada, claro).

Vale a inspiração!

Harvest Moon (Neil Young)

Come a little bit closer (Venha um pouco mais perto)
Hear what I have to say (Ouça o que eu tenho a dizer)

Just like children sleepin' (Assim como as crianças dormindo)
We could dream this night away. (Nós poderíamos sonhar esta noite.)

But there's a full moon risin' (Mas há uma lua cheia nascendo)
Let's go dancin' in the light (Vamos dançar na luz)
We know where the music's playin' (Nós sabemos onde a música está tocando)
Let's go out and feel the night. (Vamos sair e sentir a noite.)

Because I'm still in love with you (Porque eu ainda estou apaixonado por você)
I want to see you dance again (Eu quero ver você dançar de novo)
Because I'm still in love with you (Eu ainda estou apaixonado por você)
On this harvest moon. (Nesta lua de colheita)

When we were strangers (Quando nós éramos estranhos)
I watched you from afar (Eu olhei você de longe)
When we were lovers (Quando nós éramos namorados)
I loved you with all my heart. (Eu te amei com todo meu coração)

But now it's gettin' late (Mas agora está ficando tarde)
And the moon is climbin' high (E a lua está subindo)
I want to celebrate (Eu quero celebrar)
See it shinin' in your eye. (Vê-la brilhar em seus olhos)

Because I'm still in love with you (Porque eu ainda estou apaixonado por você)
I want to see you dance again (Quero ver você dançar de novo)
Because I'm still in love with you (Eu ainda estou apaixonado por você)

Filme da vez: Frida

''Para que ter pés se eu posso voar?''



Essa semana vi esse filme incrível e, desde então, a única coisa em que consigo pensar é: Por que diabos eu não assisti isso antes?!
Gente, é sério, fiquei com raiva por não tê-lo visto antes! QUE FILME! Fotografia, atuações, diálogos, trilha sonora, é tudo muito intenso, tudo muito vibrante.  Frida Kahlo, com certeza, foi uma mulher e tanto, e entre dores e cores, vamos conhecendo a história dessa artista singular, seus sofrimentos, seus amores, traições, suas inspirações para criar seus quadros, seus tormentos, sua vida! (e que vida!)

Sou apaixonada por Frida e sua força, por Diego - seu marido - com seus murais, e por Kahlo e Rivera como amantes, ainda que com todos os poréns. O filme é maravilhoso, vale cada segundo para viver a força dessa mulher, interpretada por Salma Hayek de maneira forte e marcante, não deixando fugir nenhum aspecto da personalidade de Frida Kahlo.

Só acho que para ser perfeito, deveria ter sido feito em espanhol, mas por motivos comerciais foi feito em inglês mesmo, e também porque o roteiro deixou de abordar mais os relacionamentos homossexuais e os casos extra conjugais que Frida tinha, bem como seus desesperos e anseios. Só sei que esse é um filme que uma pessoa não pode passar uma vida inteira sem ver. Veja o filme e sinta a vida dessa incrível mulher.


                                          ''Espero ter uma partida feliz e nunca mais voltar''
                                                                       (Frida Kahlo)


Minha Casa de Bonecas

 Toda tranqueira legal que vejo na net, é salva e vai direto pra pasta "Eu Quero" do meu querido arquivo (ou é prontamente adicionada aos meus bookmarks do delicious). Enfim, quando vejo umas coisas diferentes pra casa fico louca pra montar o meu canto, fico imaginando um loft, ou melhor, um cafofo bem pequeninho que seja a minha cara, cheio de um monte de coisa diferente que os danados do designers inventam por aí.  Com certeza meu canto vai ser bem colorido.
E, com certeza, ele teria sofás assim (que supririam minha carência por sofá, tendo em vista que minha casa não vê um há anos! hihihi...) :




Minha cozinha seria bem aconchegante. Sim, aconchegante! Acho a cozinha o lugar de maior confraternização na casa, seja com a família, com amigos, namorado(a)... Sempre achei importante essa "cerimônia" que é a hora das refeições.


Ela seria assim...


...ou assim.
 E eu preciso, na verdade necessito (é quase uma necessidade fisiológica. Rs!), ter estantes lindas para eu poder colocar todos os meus livros, DVD's e cacarecos em geral. Fora minha coleção de LP's e miniaturas de bonecos (tipo dos Beatles, Mafalda e personagens de filmes do Tim Burton)  que eu tenho que ter (necessidade fisiológica parte II).

Ela seria assim...

...e assim.
 Meu quarto não teria nenhum aparelho eletrônico, nada de televisão e computador (talvez um rádio relógio antigo, que eu acho um charme!), seria meu local de descanso, literalmente descanso. O meu templo, "o" espaço dentro do meu espaço. E ele seria assim: 



Com uma cama dessa...


... ou uma dessa.

E com uma penteadeira assim. (imaginei o Hugo sob ela) 
E meu cantinho teria suas paredes repletas de quadros. Quadros grandes, pequenos, redondos... com fotos de lugares, pessoas e coisas que eu gosto. Pra mim, dá uma sensação horrível de vazio quando olho para paredes lisas. Quadros, muitas vezes, contam histórias, e isso ajuda a dar uma cara mais de lar.





E por fim, mas não menos importante, o cantinho do meu amorzinho Hugo. Ele é muito importante pra mim, é extremamente amado (e mimado, admito) e é lógico que ele faz parte desse sonho de "casinha perfeita", não seria assim se ele não estivesse.


Moraria fácil num lugar assim. Pequeno, mas com espaço suficiente para caber minhas coisinhas, colorido, aconchegante, e com cara de "volte sempre". Eu quero...