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Soul Love - Lynda Waterhouse

"À noite o céu é perfeito."





Sinopse: 
"Jenna não quer trair os amigos e não revelará o que se esconde por trás de sua expulsão do colégio, assumindo toda a culpa sozinha. Como castigo sua mãe a levou para passar algum tempo com uma tia numa tediosa cidadezinha do interior. É lá que Jenna encontra Gabe, um rapaz autêntico, melancólico e reservado. Completamente diferente de todas as outras pessoas ela conhece. É inevitável: Jenna se apaixona por ele. Será que Gabe é sua alma gêmea? Ele mostra a Jenna a beleza de um céu noturno sem nuvens, escuro, um contraste perfeito para o brilho das estrelas. E, em meio a livros, música, poesia e noites estreladas, o sentimento entre eles se torna cada vez mais forte. Mas Cleo, uma garota antipática que tem uma ligação muito estranha com Gabe, não está gostando nada desse romance. Afinal, ela não quer que ninguém mais saiba o grande segredo de Gabe..."


Tá certo, tá certo. Eu sei que faz tempo que não faço resenhas aqui para o blog, peço desculpas aos meus leitores que me mandam inúmeros emails pedindo pra eu fazer resenha de livro tal e outro, mas é que mudanças em uma rotina exige planejamento, e eu estou nessa fase. Sorry!
Farei resenhas de todos os livros que me pediram, os livros que eu já li serão os primeiros resenhados, os que não, farei após concluir a leitura, e digo de ante mão que irá demorar um pouquinho. Agradeço muito o carinho e o respeito de todos com o Deputamadre, a opinião de vocês contam muito, seja por comentário feito aqui no blog, ou enviados ao meu email.
Explicações dadas, então deixemos de papo e vamos ao que interessa!


Review do Deputamadre:
Ao começar a ler este livro, tive a impressão de que seria mais uma história bobinha e bem clichê, aquelas de romance adolescente cheias de coisas óbvias, estava errada. O livro tomou um rumo que eu, definitivamente, não esperava, muito mais tenso e instigante.  
Apesar do título e do romance da protagonista com o garoto, acho que o livro não tem como foco principal o relacionamento dos dois, e sim o amadurecimento da personagem, que no início tem atitudes típicas de "aborrecentes" exageradas e dramáticas. Os temas abordados neste livro são mais sérios dos que normalmente se vê em livros para jovens. O romance é bonito e complicado, e por que não dizer puro, pois é, puro. Você se envolve tanto naquele universo proposto pela autora, é um misto de ingenuidade, inocência, com rebeldia, atitudes sensatas e mais um milhão de ações e reaçoes, simples, que tornam a história pura. Os apressadinhos talvez não gostem pois o início é mesmo "devagar", mas o desenrolar compensa, e muito.
Conheço muita gente que chorou ao ler Soul Love, admito que quase fiz isso. Eu realmente não posso deixar de elogiá-lo e recomendá-lo, é uma leitura rápida, um ótimo passatempo.
Há! AMEI a tia da personagem principal, uma mulher hipie, dona de um sebo de livros (sonhos mais loucos e profundos de mim! rsrrsrrsrs). 


Trecho:

"Noite quente de verão. Para ser exata, estamos no primeiro sábado do mês de agosto. As estrelas nunca brilharam tanto. Estou sentada na janela do meu quarto, admirando esse espetáculo deslumbrante e pensando nas coisas que me aconteceram naquele verão.

Eu era outra Jenna Hudson.

A lembrança dói. Meu cérebro tenta descobrir onde fica exatamente a dor, mas logo desiste, porque tudo dói.

Estou cansada de viver como se já fosse uma pessoa adulta e madura. Gostaria de voltar a ser criança – uma garotinha de seis anos que caiu da bicicleta. Gostaria de fazer cara de choro e correr aos berros para a cozinha, onde minha mãe me ergueria do chão, me daria um forte abraço e beijaria meu joelho esfolado. Eu pararia de chorar e tomaria leite com chocolate para a dor passar.

Essa é uma das coisas que as pessoas não nos ensinam quando falam de crescer: como lidar com as dores que não passam com um beijo."






Trecho de Quinta #15


"Filha, a gente não tem dinheiro para o presente, mas escolhe uma estrela no céu,
e fica com ela pra toda a vida."



O Castelo de Vidro - Jeannette Walls.


Mês de junho tá chegando... SALVE-SE QUEM PUDER!



Aêêêêêêê, minha gente, o mês junino está chegando. Finalmente o mês de junho se aproxima.
Demorasse um pouco mais e cá estaria eu sem unhas e nervos, assolada pela mais profunda crise de ansiedade. Não é uma maravilha essa junina fase? Trinta dias de alegria e pólvora gastas a mancheias. Que beleza, que beleza. Forró no café da manhã, no almoço e no jantar, com direito a uma polquinha fogueteira no lanche de dormir. Tá certo que eu pedi vida boa a Deus, mas assim já é paparicar demais.
O certo é que não vejo a hora de frequentar os Arraiais Urbanos. Não quero perder uma noite que seja. E como poderia? Já me apanho compondo a multidão que se espreme nos parques públicos de espetáculos, babando pelas atrações que ela tanto preza. Adoro a relação entre o Povo e os seus ídolos musicais. O cara e/ou a dona passa o ano TODO frequentando festas com as mesmas bandas, as mesmas músicas embaladas nos mesmíssimos arranjos. E nem pense em esquecer um desses grupos na programação junina: você será alvo do mais intenso e virulento ódio. Mas deixa pra lá... Isso é só um detalhe que em nada deve comprometer a folia.
O fato é que cá estou, eu, toda animada contando os dias pra festa engrenar de vez. As horas se arrastam e não chega o momento de bater o ponto nos ditos arraiais citadinos, mesmo que seja no meu querido e doméstico Xamegão. Aquele monte de gente, toda sorrisos, espremida em exíguo espaço ou disputando uma mesa ou cadeira onde possa degustar uma cervejinha morna com canjica, ao som da última música composta sobre putas, cornos e bebedeiras. Que coisa mais junina, não? Fico toda arrepiada ante a atroz expectativa. E pra quem acha que é só festa, realço um aspecto pouco explorado do tema: É o mês da Família também. Junho marca uma aproximação mais efetiva entre os pais e suas crianças. Como as babás e domésticas passarão metade do período de ressaca e a outra metade gripadas ou com conjuntivite, os pais são obrigados a exercer aquilo pra que foram feitos: ser pais. É outra marca dos nossos arraiais metropolitanos, essa democracia microbiológica. Todo mundo ali apertadinho no forró, compartilhando seus germes, aéreos ou não. Está chegando, finalmente,está chegando o mês de junho. Ainda morno, pois que se está no adentrando. Mas vai esquentar, ah isso vai, pra mais profunda alegria dos que moram defronte ou nas proximidades dos arraiais. Sabe lá o que é morar na cara da festa? Sua casa estrategicamente colocada bem no meio do “frejo”? Morro de inveja desses bem instalados cidadãos. Que sensação não será abrir a porta da frente e dar de cara com a alegria na forma de um atordoado brincante vomitando no seu jardim! E de manhã, findo o samba, pode contar com uma piscina de xixí mesmo ali, na sua calçada, líquido testemunho do folguedo. Mas tá certo, tá certo... Afinal, onde já se viu interromper o bailado pra procurar um banheiro? Pra que perder tempo se a fuzarca só dura um mês???? Então rapaziada, só não se mija no palco porque lá em cima já tem um monte de gente cagando, digo, cantando.
Me enchem os olhos d’água assistir o meu povo feliz, orgulhoso dentro do seu tênis Nike (hand)made in Caruaru e exalando a última tendência da perfumaria franco-guarani. Tudo très chic, certainement...
E tem pra todo agrado. Quem não se dá com a extravagante euforia da massa pode se refugiar em redutos mais, digamos, cults. Ali residem os neurônios. Uma ilha de equilíbrio intelectual neste mar revolto de inconseqüências. É muito agradável esse ambiente vanguard onde você pode ouvir coisas inovadoras como o “Xote Sebastiana”, música gravada nos começos dos anos 50 pelo Jackson do Pandeiro. É instigante observar nossa elite pensante ousar. Mas se nada disso lhe atrai ainda se tem a alternativa das artes cênicas. Um colírio as quadrilhas estilizadas. Que maravilha aqueles rapazes vestidos de Django, as meninas paramentadas a la ‘Oh, Suzana’ reproduzindo os passos de uma coreografia country. Você se sente no Texas de braços dados com uma vaca Hereford.
O fato é que por gostar tanto das festas juninas, por tanto ter o que delas recordar, gostaria mesmo é de dar as costas a isso tudo. Queria viver esses dias enfiada em algum sítio distante, nos calcanhares da serra onde uma fogueira é bem mais que um flamejante e exótico adereço. Onde as pessoas simples se espalham por um terreiro molhado pela garoa de um inverno farto e banhada pelos acordes claros e puros de um fole de oito baixos.

Lutei...





Lutei para escapar da infância o mais cedo possível.




 
E assim que consegui, voltei correndo pra ela.

# a tatoo que eu queria ter feito



Porque eu sou bairrista mesmo, porque adoro xilogravuras e porque esse desenho ficou o máximo.

Vai virar filme!




Pois é minha gente, finalmente a música Faroeste Caboclo do grande Renato Russo vai virar filme! Soube disso nessa semana, e admito que fiquei sem acreditar, pois sempre desejei que esse filme fosse feito um dia. Sabe, eu fiz parte daquela galera que tinha por que tinha de aprender a letra IN-TEI-RI-NHA de Faroeste Caboclo (rsrsrsrsrrs), e lembro que sempre que ouvia essa música ficava imaginando cenas de filmes sobre ela, e sempre quis que esse filme fosse feito. A história é fantástica, não há como negar, e a ansiedade pra ver como irão retratá-la na telona é enorme, grande responsabilidade para diretores e atores pois todo mundo gosta da história sobre a vida de João de Santo Cristo. Eu vi que alguns atores já fecharam contrato e outros estão apenas cotados para alguns papéis (já tem coisa que não gostei...), e já espiei fotos do cenário onde o filme vai ser rodado, tudo muito bem produzido, arte muito bem feita, e não posso deixar de dizer que usaram de uma criatividade imensa para "traduzir" o lugar onde toda história se passa.




Parece que esse povo aí já estão definidos para assumir esses papéis: Fabrício Boliveira como João de Santo Cristo, Ísis Valverde como Maria Lúcia e Felipe Abib como Jeremias. NÃO GOSTEI da Ísis como a Maria Lúcia, acho que é por conta dela não ter nada parecido com a Maria Lúcia que eu sempre imaginei (afff), já os outros dois, por incrível que pareça, fazem bem o estilo dos carinhas que imaginava... (rsrsrsr).
Já no "por trás da telona", li que o roteiro foi escrito por Marcos Bernstein e Victor Atherino e na direção temos o estreante em longas René Sampaio. As filmagens vão acontecer em Brasília, e na matéria que li, o longa será rodado numa área onde a "urbe" não chegou, pois eles vão retratar uma Brasília dos anos 80 e criaram todo o cenário (incrível, como já disse). Será uma produção da Gávea Filmes e da Globo Filmes, e será distribuído pela Europa Filmes, e embora a data ainda não esteja definida, o lançamento está previsto para esse ano ainda. Há, e quem confirma isso é a própria produção do longa no site oficial do filme.
Agora é só conter a ansiedade e esperar para ver o resultado! ;)

Bob Marley não morreu!



Pois é, pra quem gosta não morreu mesmo! Eu curto demais o som do Bob Marley, suas letras e melodias, ao meu ver, são atemporais. Tentar implantar nas pessoas o conceito de paz e união através da música era sua ideia, e tornou-se seu legado. Muitas pessoas ainda possuem um certo preconceito quanto ao gênero, e quanto ao próprio Bob Marley, por ele ter sido usuário de maconha, mas isso nunca me impediu de gostar de  reggae e do Bob, aliás, esse tipo de preconceito nunca fez parte de mim, sou fã de Cazuza e Renato Russo e o fato de ambos serem homossexuais nunca atrapalhou a minha paixão pela obra deles. Bob Marley foi muito talentoso, e todo seu trabalho conquistou uma legião de fãs durante várias gerações,  e hoje, 11 de maio de 2011, faz exatamente 30 anos de seu falecimento, mas é justamente através de sua obra que seus fãs fazem com que seu nome, e sua música se perdure por décadas. Sempre achei um fato muito bacana, e vale salientar pra vocês, de que Bob Marley desejava ver um mundo igual, independente de raça, cor de pele, ou qualquer outra coisa, ele realmente desejava que as pessoas vivessem em harmonia, com amor e paz, e isso minha gente, como já disse, ele passava através da música, isso sim vale a pena ouvir.



"Não viva para que a sua presença seja notada, mas para que a sua falta seja sentida."

Bob Marley


Dia das Mães triste




Rosas vermelhas sempre foram as preferidas da minha mãe, herdei isso dela pois também são as minhas, e como boa filha comprei um lindo buquê para lhe dar de presente no dia das mães. Esse ano quis fazer diferente, fui sozinha entregar o presente, eu precisava disso: um tempo só com ela. Mas a entrega é diferente do normal, quando o filho chega, abraça, deseja um feliz dia das mães, beija-a no rosto e entrega o presente. Eu não dei beijos e abraços, apenas coloquei as flores sobre um gélido mármore, olhei para uma foto dela e disse, aos prantos, um triste e doloroso feliz dia das mães. Fiz um esforço inimaginável para conseguir fazer isso sozinha. Só um abraço, apenas um abraço, era o que queria... É melhor parar por aqui, que a dor aumenta a cada brechinha que dou.


Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar

Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais

Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu

Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi

Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Leva os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus

(Pedaço de Mim - Chico Buarque) 



"Amor igual ao teu eu nunca mais terei, amor que nunca vi igual, que nunca mais verei. Amor que não se pede, amor que não se mede, e não se repete..."