Rosas vermelhas sempre foram as preferidas da minha mãe, herdei isso dela pois também são as minhas, e como boa filha comprei um lindo buquê para lhe dar de presente no dia das mães. Esse ano quis fazer diferente, fui sozinha entregar o presente, eu precisava disso: um tempo só com ela. Mas a entrega é diferente do normal, quando o filho chega, abraça, deseja um feliz dia das mães, beija-a no rosto e entrega o presente. Eu não dei beijos e abraços, apenas coloquei as flores sobre um gélido mármore, olhei para uma foto dela e disse, aos prantos, um triste e doloroso feliz dia das mães. Fiz um esforço inimaginável para conseguir fazer isso sozinha. Só um abraço, apenas um abraço, era o que queria... É melhor parar por aqui, que a dor aumenta a cada brechinha que dou.
Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar
Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais
Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu
Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi
Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Leva os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus
Oh, metade adorada de mim
Leva os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus
(Pedaço de Mim - Chico Buarque)
"Amor igual ao teu eu nunca mais terei, amor que nunca vi igual, que nunca mais verei. Amor que não se pede, amor que não se mede, e não se repete..."
Olá Kerlynha,
ResponderExcluirFico aqui imaginando o que você sentiu nesse momento e é muito bonito o seu gesto de escrever para sua mãe em seu blog. De alguma forma ela sentiu que você esteve ao lado dela nesse dia e a vida segue, com saudades e sentimentos que jamais serão esquecidos.
Um beijo pra você e boa semana.
Oi Kerlinha!
ResponderExcluirFiquei mto emocionada com seu texto. De verdade, eu sinto muitíssimo por sua mãe. Sei que deve ser uma das piores ausencias do mundo, mas vc fez o q é certo, encarou, mesmo com dor e homenageou sua mãe com essas declarações lindas de amor.
Um beijo enorme, um abraço carinhoso e uma ótima semana!
Pri
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